O Instituto Besouro Mangangá é uma iniciativa cultural que promove a Capoeira e valoriza os recursos naturais e culturais do Recôncavo Baiano. Unimos tradição e turismo consciente para fortalecer identidades, saberes e experiências locais
Quem Somos
Mestre Sidney
Com mais de 30 anos de trajetória dedicados à Capoeira e à cultura afro-brasileira, Mestre Sidney de Jesus é uma referência viva do Recôncavo Baiano. Sua caminhada começou na década de 1990, desenvolvendo atividades culturais em toda a região do Recôncavo, chegando ao norte do Espírito Santo e ao estado de Minas Gerais. Ao longo de sua jornada, conviveu com verdadeiras lendas da Capoeira, fortalecendo tradições como o samba de roda, o maculelê, as orquestras de berimbau e as rodas de capoeira tradicionais. Sua atuação vai além dos palcos e das rodas — ele leva a Capoeira para escolas, universidades, entidades públicas e privadas, sempre com respeito às religiões de matriz africana e aos saberes ancestrais. Mestre Sidney também tem uma rica experiência internacional, com intercâmbio cultural com estudantes europeus e africanos, e passagem pela Alemanha e pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).
O meu principal objetivo é transmitir o conhecimento acumulado em mais de trinta anos de experiência. Buscando sempre impulsionar o desenvolvimento da bela cultura baiana construída por africanos e brasileiros, interagindo com outras culturas sempre colocando como carro chefe a capoeira, preparando alunos e discípulos para os diversos desafios na vida profissional e cultural, sempre utilizando a capoeira que é a ferramenta principal na luta de libertação dos negros brasileiros.”
Besouro Mangangã
Manuel Henrique Pereira, conhecido como Besouro Mangangá, nasceu em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, no final do século XIX. Filho da Bahia profunda, Besouro se tornou uma das figuras mais emblemáticas da Capoeira — não apenas por sua habilidade física, mas por sua coragem, espiritualidade e resistência diante da opressão racial e social da época.
Criado entre mestres de capoeira, terreiros e rodas de samba, Besouro dominava o berimbau, os cantos e os fundamentos dessa arte ancestral afro-brasileira. Ele ficou conhecido por enfrentar abusos de autoridades e defender sua comunidade, sendo visto como um símbolo de luta e liberdade.
A fama de que era “invencível” alimentou a lenda: dizia-se que Besouro tinha o “corpo fechado” e que podia desaparecer como que podia desaparecer como um besouro voando — por isso o apelido Mangangá, uma referência à abelha preta veloz e misteriosa que inspirou a lenda. Mas por trás do mito, existia um homem real, negro e baiano, que fez da Capoeira um ato político e espiritual.
Sua história é retratada no filme-documentário “A Verdadeira História de Besouro Mangangá”, que busca resgatar o homem por trás da lenda e reconectar o público com as raízes da resistência afro-brasileira. Para nós, do Instituto Besouro Mangangá, sua memória é mais do que simbólica — é uma inspiração viva que guia nosso trabalho com Capoeira, cultura e educação.